terça-feira, 5 de outubro de 2021

A CRATERA

 




      A cratera não era tão grande mais possuía uma montanha razoável em sua volta com cerca de 10 km de altura nas suas laterais, uma vez que o jipe já sairá de dentro dessas montanhas pelas cavernas nos subsolos era só seguir reto até as placas e fazer a conexão manual dos cabos elétricos.       

      Nada além de algumas rochas deixadas pelo asteroide na formação da cratera podiam impedir a viagem, e como o sol ainda estava a pique o eletricista dirigia velozmente o jipe em direção aos robôs que assentavam a última das placas solares.

      A chegarem começaram a conectar cada cabo com sua devida ponta já preestabelecida e numerada. O trabalho rendia favoravelmente e tudo colaborava para que fosse feito antes das 18:00h marcianas.

      Por fora da cratera, porém os ventos já haviam atingindo o dobro da velocidade do interior e já se tornavam cada vez mais perigosos pois poderiam provocar tempestades com rochas e grãos de areia parecendo um jato mecânico.

     A comunicação era feita diretamente com o laboratório que dava um parecer da quantidade de energia gerada a cada nova placa conectada. O sistema já estava quase fechado, quando uma das placas se soltou do suporte exigindo dos robôs uma adequação de mais ou menos 1 hora extra de serviços.

     Isso poderia fazer com que a viagem de volta as cavernas fossem atrasadas em mais alguns 40 minutos cruciais, pois a noite o tempo poderia congelar o solo e o oxigênio dos trajes especiais estavam acabando.

      Ao relatar o fato ao comando superior, o Eletricista, pede o envio de um drone com mais três cilindros de oxigênio.  As condições climáticas, porém já davam sinais de que deveriam partir imediatamente sobre a pena de ficarem presos no meio da cratera que seria atingida por um ciclone no findar da tarde.

    Enquanto ligavam a última das placas e o drone já se aproximava do local, um grande bloco de pedra passa riscando o teto da cratera e se desmonta próximo ao jipe.

 

Continua...

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