terça-feira, 5 de outubro de 2021

O TRABALHO

 



    Um relatório feito pelo oficial de bordo Jeferson Solys detecta a perda de um dos motores de propulsão do cargueiro e a destruição de uma quantidade mínima de placas solares. Seria necessário reparar a nave para o retorno à Terra, caso contrário essa avaria poderia fazer com que o cargueiro jamais retornasse do planeta vermelho.   

     O presidente então convoca a todos para discursar em uma das principais plataformas das minas de óxido de ferro.  No seu discurso ele elogia a habilidade do piloto Edward John Victor sem a qual a missão não teria atingido o resultado mesmo com as avarias detectadas. Aproveita também para abraçar virtualmente sua família em Nova York e todo o povo americano, além de mandar um recado amistoso aos outros povos pela colaboração da colonização de Marte.

      Ele, porém não deixa claro seu retorno a Terra por motivos dos engenheiros terem detectado a perda total de um dos motores atômicos do cargueiro.

      Os robôs já estavam posicionando o laboratório no local definitivo para purificação do ar da estação, mas faltavam ainda as placas serem levadas a superfície onde poderiam captar a energia solar adequadamente. Esse era um passo sine qua non para a segunda parte da missão.

      O biologista Marck Lukest estava ansioso e tudo dependeria dessa missão fora dos túneis cavados a mais ou menos 50 metros de profundidade. As placas deveriam ficar próximas as laterais da cratera, pois ali os ventos solares eram sistematicamente mais fracos. Os robôs seriam primordiais para levarem as placas até o local e assim o engenheiro eletricista John Edward faria a ligação dos cabos.

       A população civil que iria retornar a Terra não fora avisada adequadamente sobre as avalias do motor do cargueiro e aguardavam ansiosos pela notícia do retorno que não saia. Havia muitos velhos e doentes e também feridos pelas rochas do planeta que ao serem cavadas nos túneis costumavam se soltar se não fosse bem revestida.

       A colonização poderia trazer ou levar diversos vírus e bactérias, por isso um infectologista observava e media a temperatura dos trabalhadores que iam e vinham dentro minas de óxido de ferro.

      Banheiros químicos eram construídos a cada 100 metros e a desinfecção era sempre obrigatória para que não se propagasse doenças desconhecidas.

 

Continua...

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